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A diferença entre o livre-arbítrio, o engano e o convencimento do Espírito Santo

 Só poderíamos saber como o Reino dos Céus é bom quando experimentamos passar pelo reino das trevas aqui na Terra.


Se existisse vida em Marte, por exemplo, onde só há terra e rocha, como eles poderiam comparar com outro estilo de vida? Portanto, como poderiam desejar algo que nem imaginam o que é?


Desejar algo que não se tem é um sentimento criado por Deus. O propósito disso é que pudéssemos continuar criando coisas, manipulando a matéria que Deus criou. Sim, a evolução é um propósito divino — Ele nos criou para isso.


Manipular a matéria, construir tecnologia, avançar para outros mundos e habitá-los — isso é um propósito divino.


Mas, por causa do pecado e da desobediência, fazemos isso de forma errada, sem nos preocupar com o próximo. Evoluímos na mesma velocidade com que destruímos.


Se imaginarmos como seria o mundo sem o pecado, podemos nos ver vivendo em meio à natureza, em meio aos animais de todos os tipos, nos alimentando apenas dos frutos das árvores, os animais se alimentando das ervas do campo, sem precisar de roupas — mas com a capacidade de transformar a matéria, quero dizer, a ciência — sempre buscando fazer isso sem destruir a natureza ou o próximo. Um mundo onde todos cooperam entre si, criam tecnologia e começam a transformar outros mundos.


Acredito que esse mundo possa existir. Na verdade, ou ele já existe, ou faremos parte da sua primeira existência.


Quando digo que esse mundo talvez já exista, não estou falando de algo absurdo. Estou falando da Bíblia, do Reino Espiritual. Não sabemos como ele é, não podemos vê-lo.


Mas, se analisarmos a criação de Deus, veremos que Ele criou os anjos: uns para servi-lo e outros destinados à desobediência — a esses Ele enviou à Terra.


No Reino dos Céus, só vivem os que lhe obedecem. Os anjos têm o poder de manipular a matéria, mas o fazem de acordo com a ordem de Deus.


O homem não foi criado com o poder de manipular a matéria diretamente, mas com a capacidade de fazê-lo por meio de um processo de aprendizado e evolução. Portanto, somos inferiores aos anjos, mas ao homem foi dada a capacidade de escolher entre servir a Deus ou não.


Os anjos caídos não têm mais essa escolha. Na desobediência, não podem se redimir e estão destinados ao inferno.


No Reino dos Céus, não havia sobre quem reinar ou como avançar o seu reino, porque lá só se adora a Deus. Eles queriam ser iguais a Deus, e Deus os entregou à sua própria vontade.


E, pela sua infinita capacidade criativa, Deus criou o homem para ter relacionamento com Ele e adorá-lo em espírito e em verdade. Para isso, deu-lhe o livre-arbítrio — a capacidade de adorá-lo e a capacidade de negá-lo. Para esse fim, lançou os anjos rebeldes à Terra, com sua capacidade de manipular a matéria, mas presos à limitação divina, só podendo agir dentro de preceitos criados a partir de regras preestabelecidas, de acordo com a desobediência. Como Ele nos entregou a um inimigo poderoso e invisível, que a partir da desobediência tem poder para agir em nossas vidas, Ele nos ampara e nos dá livramento de acordo com sua matemática incrível — a equação chamada humanidade.


Cada decisão que leva à ação desenrola um emaranhado de situações capazes de mudar completamente a vida na Terra. E é linda a forma como Ele mantém o livre-arbítrio e o domínio de todas as coisas ao mesmo tempo. Isso é impossível de acomodar na nossa capacidade humana de pensar.


Portanto, Ele criou um propósito para todas as coisas. E para que tudo se cumpra de acordo com esse propósito, deveríamos ter um comando infalível, sem erro, ou total obediência. Mas Deus resolveu nos dar a capacidade de escolher, mesmo que isso possa mudar o trajeto da existência. Ainda assim, em sua grandeza e infinita sabedoria, mesmo que cada um escolha desobedecer, o propósito continua caminhando para o que foi destinado. Caminhos vão sendo criados de acordo com a obediência ou desobediência — isso é magnífico. Pois o livre-arbítrio é verdadeiro. Podemos sim escolher. Não somos manipulados quanto à nossa escolha, e Deus não depende de nós, como indivíduos, para cumprir seu propósito. Ele abre caminhos na obediência.


Na prática, o que isso significa? Vou dar um exemplo bíblico: Ele escolheu Israel e deu um propósito de vida para ele. Mesmo com a desobediência, outros caminhos vão se abrindo para que o propósito se cumpra, mesmo que tenham escolhido desobedecer. Os que escolheram a desobediência não conseguiram atrapalhar o plano de Deus — só adiar. Mas Deus não está com pressa. Por isso, não temos como saber o tempo ou a estação em que as coisas vão se cumprir, porque isso depende da obediência do homem. Nosso comportamento faz acelerar ou adiar o cumprimento das profecias bíblicas, e isso é maravilhoso. Porque nós é que escolhemos como viver, e os propósitos de Deus vão se cumprir de qualquer forma. Imagine uma árvore: você corta um galho, mas outro nasce a partir daquele galho cortado, dando os frutos que o galho anterior deveria ter dado. Demora um pouco mais de tempo, mas os frutos aparecem.


Quando Deus tem um propósito em um ministério, por exemplo, e alguns irmãos prejudicam a obra de crescer, pode demorar mais tempo. E aqueles que prejudicam a obra abrem precedente para Satanás agir na vida deles. Até que esses sejam eliminados do meio, a obra fica estagnada. E agora vou explicar o que significa “eliminados do meio”, no dicionário de Deus.


Jesus nos explicou que nossa luta não é contra carne ou sangue, e que nossa natureza não é de destruir ou condenar — nossa natureza é de salvar. Portanto, o que se deve eliminar não é a pessoa, e sim o comportamento, o pensamento errado. Espera-se o arrependimento e a mudança — a transformação que gera vida e conduz os outros ao arrependimento. Mas, por causa do livre-arbítrio, as pessoas podem decidir viver no pecado. Com isso, prejudicam o grupo e os outros ao redor, atrasando a obra de Deus. Essas pessoas começam a sair do meio, e outras começam a chegar.


**A diferença entre o livre-arbítrio, o engano e o convencimento do Espírito Santo**


Somos manipulados em todas as nossas decisões? Com certeza não. O livre-arbítrio é real, mas nossas decisões são baseadas em informações que obtemos — seja por nossos próprios hábitos, que chegam como herança hereditária no nosso DNA (por isso crianças já nascem com certas características) — ou por fatores do ambiente. A ciência moderna já comprovou que o hábito é absorvido pelo organismo e cria impulsos, um mecanismo para economizar energia. Mas os hábitos podem ser reprogramados.


O ambiente ao nosso redor também influencia nossa capacidade de decisão. Ao observar como os outros se comportam, temos a tendência de nos comportar igualmente, porque somos seres criados para socializar. Mas podemos mudar de ambiente. E, nos casos em que isso seja impossível, Deus nos deu a capacidade de transformar o ambiente. Porém, por causa do livre-arbítrio, podemos morrer tentando. Nesse caso, o céu está nos esperando de braços abertos.


Todos os seres humanos têm como base no seu DNA o sopro divino. Nossa informação genética básica nos diz o que é correto, bom e agradável. O interessante é que temos prazer quando os outros agem corretamente conosco, mas achamos ruim quando alguém faz algo errado contra nós ou contra outra pessoa — e não percebemos quando nós mesmos somos os autores da ação. Essa cegueira espiritual acomete todo ser humano e faz com que a justiça seja exigida, mas não praticada. Portanto, sabemos que algo é errado porque não gostamos quando alguém comete essa ação contra nós. Esse sentimento ruim nos aponta o pecado. Do contrário, se não sofressemos quando alguém nos faz mal, não existiria o mal. As coisas só são ruins porque as sentimos dessa forma.


Essa informação, presente em nossa essência, serve de guia para nosso comportamento. Basicamente, não devemos fazer aos outros o que não queremos que nos façam — isso pode e deve nos guiar em nossas decisões.


O engano acontece quando uma força totalmente contrária à nossa natureza nos convence a fazer algo a alguém que não gostaríamos que fizessem conosco. E como isso acontece? Nosso pensamento é como uma ilha. Digamos que essa ilha (nós) foi dominada, e esse dominador pode dar comandos, mas não o vemos e não sabemos onde ele está. Esse dominador se alimenta de destruição, roubo e morte. Mas, como não queremos isso, se soubéssemos quem ele é ou suas intenções, não o obedeceríamos. Então ele se esconde no nosso pensamento e imita a voz da nossa própria consciência, criando cenários em que parece ser algo bom, correto — até mesmo divino. Mas nossa natureza nos alerta de que não é, apenas pelo fato de que, se alguém agisse assim conosco, não gostaríamos. Esse alerta já revela a natureza da decisão. O engano nos convence de que, mesmo que pareça errado, é necessário para alcançar algo melhor — que o erro é apenas o caminho para algo bom.


É por isso que Jesus chamou a salvação de “Caminho”, para que entendamos que o caminho precisa ser santo. Quando trilhamos um caminho com engano, mentira e manipulação, somos levados a acreditar que o que importa é o resultado. Temos a falsa ideia de que podemos manipular nosso futuro fazendo o que é errado. Mas isso não é verdade. A ciência que estuda o comportamento humano, levando em consideração apenas os impulsos, mostra que, conforme os resultados vão sendo positivos, mais as pessoas confiam na sua capacidade manipulativa, achando-se deuses capazes de mudar o destino. O engano opera através dos desejos malignos. Podemos escolher resistir a esses desejos, para que não sejamos levados pelo engano. Temos, sim, o livre-arbítrio para isso. Mas, dependendo do espaço que damos para que esses pensamentos dominem, perdemos a capacidade de resistir.


O poder que está acima do engano é o poder do Espírito Santo, que é capaz de acender a luz na sala escura que chamamos de pensamento e nos mostrar quem realmente está falando. Ele opera pela verdade, pelo livre-arbítrio e pela nossa vontade. O livre-arbítrio é a nossa autoridade na Terra. Deus opera por meio da nossa vontade. O modo como o Espírito Santo age em nosso meio é através do nosso comando e da nossa autoridade, de acordo com a vontade de Deus, que é santa. Portanto, nossos pedidos podem ser atendidos apenas se forem conforme a vontade de Deus. E para saber qual é essa vontade — sem sermos enganados pelo maligno — é necessário recorrer à Bíblia. E, por causa do esforço e da dificuldade em fazer a vontade de Deus na Terra, aqueles que conseguem são coroados de glória e honra. Aleluia!


Isso só é possível porque existem os que fazem o mal. Do contrário, não haveria diferença entre um e outro, nem haveria escolha, nem gratificação ou recompensa por fazer o bem, nem alegria pela recompensa.


Sendo assim, quando nos alegramos em agir de acordo com a vontade de Deus, estamos usufruindo de um processo tão complexo — muito maior do que nossa capacidade de raciocínio.

Pra entender a luz da palavra, vou dar o exemplo do Rei Ezequias, primeiro ele decidiu andar nos caminhos do Senhor, dessa forma, Deus segundo sua promessa foi seu conselheiro, e guiado por Deus os seus pensamentos eram assertivos quanto a prosperidade e além disso como a Bíblia fala, todas as coisas cooperam para o bem daquele que ama a Deus, e isso faz com pessoas também nos favoreçam, todas essas conexões são traçadas pela mão poderosa do Senhor respeitando o livre arbítrio de cada um, que é a escolha do caminho entre bem e o mal, esse é o ponto de partida a cada ação, e em tudo o que fazemos temos a oportunidade de escolher, a partir daí os caminhos são distintos onde o nosso guia pode Deus ou o diabo dependendo da sua escolha. 

Enquanto Ezequias escolhia pelo caminho de fazer o que agrada Deus tudo lhe ia bem, com a direção de Deus naquilo que ele podia fazer e na ajuda dos anjos naquilo que não podia. 

Mas em uma situação Deus parou de conduzi-lo e para que ele tivesse a oportunidade de escolher pelo seu próprio livre arbítrio, ele escolheu a soberba e o orgulho, quando se exibiu para os mensageiros da Babilônia. Nós fomos vendidos para o pecado então aquele que nos faz errar está sempre enviando setas malignas, se não for por Deus, como podemos nos livrar se não conseguimos enxergar outras opções ? Fomos criados seres dependentes, mas também com capacidade de escolher seu próprio destino de acordo com a decisão de obediência ou desobediência, e a matemática dessa constante que dura a vida inteira é calculada por Deus, nossos atos de justiça e de infidelidade, pois é impossível para o homem fazer esse cálculo, mas a fórmula existe e Deus não escondeu ela de nós, o problema é que o que é verdadeiro é o que é falso, só Deus sabe por isso só ele consegue resolver essa equação que será apresentada no tribunal de Cristo. Mas isso é assunto pra outro post, voltando a Ezequias, Deus o deixou para que ele através de tudo aquilo que Deus fez por ele, ele pudesse escolher o caminho do bem, mas não foi o que aconteceu, por isso Ele foi afligido por uma doença mortal, e seu reino foi entregue a Babilônia, mas como Deus é riquíssimo em misericórdia, ele mesmo com a sentença decretada reconheceu o erro se arrependeu e implorou misericórdia a Deus, e recebeu mais tempo de vida e mesmo sabendo q seu povo iria ser cativo, isso não aconteceria no tempo de vida dele. Acredito que é isso que Deus espera de nós, primeiro a obediência mas por causa do engano, em segundo o arrependimento e a dependência de Deus, e em terceiro a adoração . Esses são os princípios que devemos andar. 

“Possuía Ezequias muitíssimas riquezas e glória; construiu depósitos para guardar prata, ouro, pedras preciosas, especiarias, escudos e todo tipo de objetos de valor. Também construiu armazéns para estocar trigo, vinho e azeite; fez ainda estábulos para os seus diversos rebanhos e para as ovelhas. Construiu cidades e adquiriu muitos rebanhos, pois Deus lhe dera muitas riquezas. Foi Ezequias que bloqueou o manancial superior da fonte de Giom e canalizou a água para a parte oeste da Cidade de Davi. Ele foi bem-sucedido em tudo o que se propôs a fazer. Mas, quando os governantes da Babilônia enviaram uma delegação para perguntar-lhe acerca do sinal milagroso que havia ocorrido no país, Deus o deixou, para prová-lo e para saber tudo o que havia em seu coração.”

‭‭2Crônicas‬ ‭32‬:‭27‬-‭31‬ ‭NVI‬‬

https://bible.com/bible/129/2ch.32.27-31.NVI



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