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Nossa ações e suas consequências

Não temos controle sobre o que acontece em nossas vidas, porque são consequências das nossas escolhas.

Mas sim, temos controle sobre nossas escolhas — quando escolhemos simplesmente obedecer a Deus porque cremos que Ele é bom e nos quer bem. Mesmo que nossos desejos apontem em uma direção contrária, entramos na promessa d’Ele.

As consequências sempre vêm acompanhadas da ação. A Bíblia chama isso de frutos. A semente são nossas escolhas, que seguem com atitudes, mesmo que as palavras que saem da boca possam ser falsas, numa tentativa de esconder a escolha.

As atitudes que se tornam as coisas que acontecem ao nosso redor são como árvores. Quando escolhemos algo, plantamos uma semente, que cresce e se torna uma árvore — ou seja, comportamentos e realidades que já não podem ser controladas, porque uma árvore cresce de acordo com a semente. E, quando estamos vivendo determinadas atitudes, ainda não percebemos as consequências. Mas elas virão. Os frutos não podem ser impedidos de aparecerem na estação certa.

Um fruto mau continua alimentando outros e produzindo sementes ruins, que vão gerar outras árvores ruins.

A semente não somos nós — são nossas escolhas. E sim, temos autoridade sobre elas, pois podemos escolher o que plantar em nossos corações. Temos autonomia nessa escolha. Podemos decidir o que plantar. A isso podemos chamar de fé: o ato de acreditar. Fé é como uma parábola de plantação. A semente é a escolha: se vamos plantar a obediência à Palavra de Deus ou não. Porque tudo o que não vem de Deus é pecado.

A terra é o nosso coração. Depois que plantamos, perdemos o controle, assim como o semeador não tem controle sobre o crescimento do que planta.

Quando Deus criou a Terra, o homem não precisava escolher o que plantar, pois todas as árvores eram boas, seus frutos eram bons, e suas sementes também. Ele sequer precisava plantar — era só comer. Não precisava escolher de qual árvore se alimentar. Portanto, não havia desobediência, porque não havia árvore má da qual se pudesse comer o fruto — exceto a árvore que abriria seus olhos para o bem e o mal.

A partir desse conhecimento, o homem passou a ter que escolher entre o bem e o mal. E o que seria o mal?

A primeira reação foi que os olhos se abriram e sentiram vergonha. A vergonha é a insegurança efetivada pelo medo do julgamento alheio. Eles se olharam e se julgaram. Se esconderam com medo do julgamento de Deus.

Essa atitude é fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Por isso Deus entendeu que haviam comido do fruto — porque a consequência segue a árvore, e não pode ser controlada. Uma vez que se decide comer, a consequência virá.

A tentativa do diabo sempre será a mesma desde o início: enganar o homem e a mulher sobre os “benefícios” do fruto, sempre convencendo que a desobediência é vantagem e que Deus é mentiroso.

Se formos verdadeiros conosco, no fundo da alma, e questionarmos nosso comportamento, vamos sempre chegar à mesma resposta sobre o porquê de nossas atitudes: nós duvidamos da Palavra de Deus.

Um exemplo: a mentira.

Por que ainda mentimos, se a Palavra promete que os mentirosos não herdarão o Reino de Deus?


O pensamento maligno nos convence de que Deus é misericordioso, amoroso, compreensivo… então “não tem problema” contar uma mentirinha. Todo mundo faz isso. Deus entende e perdoa. Não é isso? Não é assim que você pensa ao mentir?


E o que a Bíblia diz a esse respeito?


“Pois quê? Pecaremos porque não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da graça? De modo nenhum!

Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis — ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?”

(Romanos 6:15-16)


Esse versículo explica muito bem a questão da plantação:

Quando deixamos a semente do mal — do pecado — ser plantada em nosso coração, através da nossa fé (ou seja, naquilo que acreditamos), nos tornamos escravos e não temos mais controle sobre as consequências.

Seremos guiados pelo líder que escolhemos.


Mas temos controle sobre nossas escolhas, se as basearmos na fé e na Palavra.

Por isso, o conhecimento é fundamental na vida do cristão. A Palavra está perto de nós, em nossa boca e em nosso coração.


Negar a Palavra de Deus é, muitas vezes, uma tentativa de esconder nossos desejos egoístas.

Portanto, procurar a verdade, reconhecê-la, identificar suas intenções e arrepender-se do mal é o princípio para uma caminhada de fé.




Por isso, o discurso de João Batista para abrir o caminho para Jesus foi de arrependimento.

Por isso os profetas foram enviados: para mostrar o mau caminho e o erro.


Mas nesta geração, os profetas foram calados. São vistos como maledicentes, pessimistas, acusadores, rebeldes, contrários à liderança, amargurados, inimigos da fé.

Foram silenciados, condenados à pobreza e ao isolamento, fazendo com que muitos neguem o dom ou passem a usá-lo como alavanca do diabo, apenas para agradar líderes e membros que querem ter seus egos afagados por palavras de positivismo, ignorando suas más ações e pensamentos.


O profeta é necessário para exortar.

Mas, se algum profeta apontar o dedo para alguém, revelar seus pensamentos e clamar para que se arrependa, provavelmente será afastado do púlpito e isolado na igreja.


Mesmo que o profeta revele os pensamentos malignos, a negação está hoje na ponta da língua da igreja.

A mentira está pronta para ser dita.

O erro está facilmente escondido por lábios mentirosos.

Ainda que o profeta fale a verdade, eles o negarão — e o acusarão de falso.




Portanto, os profetas desta geração estão condenados ao silêncio, à negação do seu dom ou ao uso dele como ferramenta do diabo, para conseguir atenção atenção e fama. 


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